Amor à vida traz evangélicos de forma respeitosa


Para muitos – cristãos e não-cristãos – os últimos acontecimentos da novela “Amor à vida” de Walcyr Carrasco foram bastante surpreendentes e históricos, principalmente para os evangélicos.
É que, pela primeira vez, a Globo mostrou em uma de suas novelas alguns personagens evangélicos, sem que estes fossem ridicularizados por algum aspecto. As últimas vezes que os evangélicos figuraram em tramas globais foi um verdadeiro desastre, uma verdadeira afronta, onde eram mostrados personagens fanáticos, que se vestiam muito mal, e viviam perturbando o sossego alheio.
Dessa vez a coisa foi diferente. No capítulo de ontem (02), a personagem Gina (Karolina Kasting) descobre que o homem que ela estava se relacionando, na verdade, era seu pai, interpretado por José Wilker. Após se desconsolar, ela para em um banco de uma praça, até que a personagem Maristela (Vera Mancini) a encontra e a reconhece: “Você me conhece?”, “Sim, eu lembro de você do bar do seu pai, eu te dei uma Bíblia, lembra?”, diz a personagem evangélica. Gina se lembra e diz que a Bíblia que ela ganhou a consolou bastante, especialmente por conta do Salmo 23. Maristela convida Gina para participar de um culto em sua igreja, e as duas seguem para o templo. Chegando lá Gina se emociona ao falar com o pastor, que lhe dá uma palavra de conforto. Ela começa a chorar copiosamente.
Uma realidade totalmente diferente da última novela, “Fina Estampa”, que trouxe uma evangélica interpretada por Paula Burlamaqui que vez ou outra recaia e deixava seus instintos carnais se sobreporem, numa ideia de “santa do pau oco”, como o próprio autor Aguinaldo Silva a definia. Walcyr Carrasco deu ordens expressas para que as cenas fossem feitas da forma que foram escritas, não sendo permitido aos atores improvisos ou gracinhas.
E parece que todo esse cuidado surtiu efeito, pelo menos até agora. Os evangélicos foram mostrados como pessoas cheias de graça, que trazem palavras de conforto, e que acima de tudo possuem uma paz que excede qualquer obstáculo ou dificuldade. O templo evangélico foi fielmente reproduzido na novela, com direito até ao clássico “Firme nas promessas” da Harpa Cristã. Pelo menos nessa cena a Globo acertou em cheio.
Muitas são as críticas, de pessoas que ainda assim acreditam que isso é um desrespeito com a classe evangélica. Porém incontáveis são as pessoas que estavam assistindo a cena e receberam a mensagem de que, em qualquer dificuldade, por mais absurda que pareça, na casa de Deus, e em Cristo, temos liberdade para chorarmos nossas dores e receber o conforto que tanto ansiamos e precisamos. Não se enganem, a Globo não fez isso por ser boazinha ou preocupada com o evangelho, mas simplesmente por uma questão comercial e de aproximação com o setor que mais cresce no Brasil, porém, como consequência, ela acabou realizando um trabalho evangelístico, ainda que este não tenha sido o foco.
Novela em si não é pecado, não há descrição bíblica que condene isso, porém, o que é ensinado nas novelas se configura pecado, como muitos valores que são contrários aos valores cristãos, por isso, o fato dessa cena ter acontecido em uma novela não tira sua importância na vida de muitas pessoas. O que podemos esperar é que a Globo continue nos respeitando em sua teledramaturgia tão respeitada no mundo inteiro, e que a mensagem, mesmo que entregue por pessoas interessadas em outros objetivos, venha ser levada aos que precisam, culminando na salvação de multidões. O Deus que usou uma jumenta também pode usar a Globo.
fonte Portal Diante do Trono
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